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Entrevista Buddy Whittington


Integrante dos Bluesbreakers há quase 15 anos, o texano de 52 anos honra a tradição de excelentes guitarristas à frente da banda de John Mayall. Dono de uma pegada forte tipicamente texana, gravou recentemente seu primeiro trabalho solo (homônimo). Em turnê pelo Brasil ao lado do lendário grupo, concedeu uma entrevista exclusiva momentos antes do grande show pelo 6º Rio das Ostras Jazz & Blues Festival.


Ugo Medeiros - Você começou a tocar guitarra após escutar bandas como Rolling Stones e Beatles. Pode-se dizer que o rock te levou para o blues?


Buddy Whittington - Eu cresci no Texas e o blues sempre esteve no meio musical. Eu comecei a tocar aos oito anos e aos catorze já tocava profissionalmente. Naquela época, início dos anos 1970, surgiam bandas de classic rock, como ZZ Top e Allman Brothers, e todos tocavam blues. Quando era criança ouvia Eric Burdon cantar Boom boom, do John Lee Hooker, e outros nomes como Slim Harpo. Quando escutei o Allman Brothers cantando Staesboro blues, comecei a pesquisar mais sobre o que já tinha ouvido e passei a conhecer Taj Mahal, onde entrei em contato com a guitarra de Jesse Ed Davis. A partir daí quis ir a fundo nas raízes e estudei mais sobre Blind Willie McTell. É muito importante ir às raízes. Na verdade eu ainda estou aprendendo muito sobre o blues...


UM – Quando Eric Clapton e John Mayall gravaram Beano, você tinha apenas 10 anos. Você se lembra daquele momento? Essa gravação foi uma das suas grandes influências?


BW - Foi uma influência, sim, pois a minha irmã mais velha tinha os LP’s do Bluesbreakers. Além de bandas da invasão inglesa, como Beatles, Stones e The Who, ela tinha muitos discos do Paul Butterfield e Michael Bloomfield. Eu me lembro muito disso pois me marcou profundamente.


UM – Como começou a parceria com John Mayall?


BW - Eu o conheci em Dallas por volta de 1992. Eu tocava guitarra para um músico que abriria o show do Bluesbreakers. Naquele momento a guitarra estava nas mãos do Coco Montoya, que estava prestes a abandonar a banda e começar a carreira solo. Naquela época, o John estava sem contrato com gravadora, porém ele me avisara que quando conseguisse um precisaria de um guitarrista. Fomos para Califórnia e gravamos algumas faixas, de forma independente. Dois anos depois, ele me chamou. E já estamos nessa parceria há quinze anos.


UM – É possível dizer que você deu uma sonoridade mais texana aos Bluesbreakes?


BW - Talvez. Possivelmente, devido aos caras que escutei na minha juventude. Eu gostava de Johnny Winter, Billy Gibbons e todos esses com pegada texana. Você sabe, Stevie Ray Vaughan era grande na época que entrei para a banda, porém naquele momento não foi uma influência tão forte porque nós tínhamos, mais ou menos, a mesma idade. Mais tarde, com certeza, o Vaughan tornaria uma importante influência.


UM – Você já gravou mais de 10 discos com os Bluesbreakers. Qual foi o mais importante?


BW - Eu não sei. Eu gosto de todos. Eu penso que o próximo disco será sempre o mais importante.


UM – Você sempre usa sua Stratocaster 63 e um amplificador Dr. Z. Por quê?


BW - Porque essa combinação funciona perfeitamente comigo. A guitarra Stratocaster com a Dr. Z extraem uma sonoridade que me agrada muito.


UM – Como foi a gravação do último disco, Palace of the king?


BW – Eu sempre toquei muito Freddie King porém tinham músicas que eu nunca havia ouvido. O John procurou e achou algumas bem antigas, de quando Freddie começou. Deu certo porque tínhamos Lon Price e Lee Thornburg nos metais. Foi muito divertido gravá-lo. Fizemos correndo, mas nos divertimos muito.


UM – Você gravou, ano passado, o seu primeiro disco solo. O que você pode falar sobre ele?


BW - Era algo que eu precisava fazer há muito tempo. O disco é composto por nove faixas próprias e um cover do ZZ Top, Sure got cold after the rain fell. Gravei com ótimos músicos. Fiquei muito orgulhoso com o resultado. Recebi boas críticas (risos)!

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