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Entrevista John Mayall


Grande atração do 6º Rio das Ostras jazz & blues festival, o pai do blues inglês e “professor” de inúmeros músicos, como Eric Clapton, Peter Green (Fleetwood Mac) e Mick Taylor (Rolling Stones), John Mayall revelou detalhes do início de carreira e da lendária parceria com Eric Clapton.



UM - Seu trabalho com Clapton, "Beano", foi um marco no blues britânico. Soou diferente do que qualquer outro trabalho daquela época, incluindo os Bluesbreakers. Como foi a experiência de fazer aquele álbum?


JM - Bom, nós só estávamos fazendo no estúdio o que fazíamos ao vivo, nos clubes. Seria o caso de colocar o mesmo, de gravar o mesmo. Nós fizemos por razões artísticas e virou sucesso inesperadamente. Nós realmente não esperávamos sucesso.


UM - Clapton abandonou o Bluesbreakers em 1966 para formar o Cream. Naquela época você já o considerava um dos maiores nomes do blues-rock?


JM - Era óbvio, desde o começo, que ninguém poderia alcançá-lo. Ele é memorável, até os dias de hoje.


UM - Como foi tocar com Clapton no concerto em comemoração aos seus 1970 anos, após quase 40 anos?


JM - Foi como se eu tivesse ficado apenas uma semana sem tocar com ele. Músicos com a linguagem e a habilidade dele se comunicam através da música. O tempo não quer dizer nada.


UM - O Bluesbreakers pode ser considerado uma escola de ótimos guitarristas como, por exemplo, Eric Clapton, Mick Taylor e Peter Green. Como você se sente por ter tocado com esses grandes músicos?


JM - Muito orgulhoso! Não toquei apenas com guitarristas, mas com muitos músicos de qualidade.


UM - Você começou a tocar muito cedo. Que músicos você escutava naquela época?


JM - Eu ouvi blues e jazz toda a minha vida, desde uns 4 ou 5 anos, então, imagine quantas milhares e milhares de pessoas....


UM - Alex Korner e você foram responsáveis pelo boom do blues inglês. Como foi ter tocado com ele no início dos anos 60?


JM - Na verdade, eu nunca toquei com ele. Ele e Cyril Davies começaram tudo. Ele se tornou um grande amigo meu e me apresentou às pessoas que pudessem abrir as portas para mim.


UM - Em 1969, você foi para os EUA e teve contato com músicos americanos, como Blue Mitchell. Como isso afetou a sua música?


JM - Eu queria fazer mais fusion com blues e jazz, e foi assim que ocorreu essa mudança sonora. Toquei com meus músicos favoritos de jazz, como Blue Mitchell, Red Holloway e Fred Robinson. Foi muito legal e divertido fazer esse intercâmbio entre a música inglesa e americana.


UM - Nos anos 80, Coco Montoya e Walter Trout tocaram com você e depois partiram para a carreira solo. Qual a sua opinião sobre a carreira deles?


JM - Tenho muito orgulho do trabalho deles pois fazem um ótimo trabalho. Ambos têm um jeito particular de cantar e tocar.


UM - Você sempre gravou canções do Freddie King e, ano passado, fez um disco em tributo a ele. Você considera este um dos melhores da sua carreira?


JM - Sempre que faço um álbum penso que representa o melhor que eu posso fazer. Fiquei muito orgulhoso em gravá-lo.

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